3.15.2010

E se...

E se uma criança tiver como pais, dois homens ou duas mulheres?

Já todos nós sabemos, ou deveríamos saber, que a opção sexual é uma questão que depende única e exclusivamente de cada pessoa, sem que outrem tenha qualquer tipo de direito de intervir nesta decisão. E actualmente o casamento entre homossexuais já é algo concretizável em Portugal, mas que no entanto ainda não é bem aceite pela sociedade. Contudo, outro assunto assola a mente dos portugueses: a adopção por casais do mesmo sexo.

Infelizmente vivemos numa sociedade bastante retrógrada e fechada a novas ideias. Não aceitam de modo algum que uma criança venha a ser adoptada por um casal homossexual, aliás duvidam sem ter a mínima prova que estes sejam capazes de educar e amar uma criança.

Segundo a Natureza, é através de um Homem e de uma Mulher que nasce um novo ser e são estes que têm o dever de o criar até este se tornar independente. No entanto o que constatamos diariamente são crianças a serem abandonadas e vítimas de maus tratos por parte dos próprios pais. Crianças estas que segundo a sociedade não merecem ser felizes, principalmente quando essa felicidade passa por serem acarinhadas por um casal homossexual.

Todos nós sabemos que os valores transmitidos a um filho por parte de um Pai e de uma Mãe são sem dúvida diferentes e que em conjunto estabelecem um equilíbrio emocional à criança. Talvez um casal homossexual não possa ter essa tarefa facilitada, mas que com esforço transmitam os valores necessários à criança em causa.

A verdade é que o problema não está na educação que estes casais dão aos filhos, o problema está sim na sociedade que irá acolher o filho de um casal homossexual. A nossa sociedade está direccionada para discriminar a diferença e a única vítima de todo este atraso intelectual é a criança.

Uma sociedade minimamente moderna e desenvolvida não é aquela em que todas as crianças têm acesso a um computador portátil, uma sociedade decente e rica intelectualmente é aquela que aceita a diferença do vizinho do lado. Porque essa diferença é o que torna a Humanidade rica e saudável.

9.08.2009


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8.06.2009

Especie: hipocritas de aparencias

A vida é feita de mudanças, por vezes pensamos estar infinamente certos e seguros do que queremos e lutamos por fins impossiveis para os nosso próprios limites! Vivemos na corda bamba , e tornamos a nossa realidade, numa visão falhada daquilo que ansiamos!

Desde aquilo que vamos por modas, aos amigos que no fundo são nada, só porque achamos que vamos ser felizes, vivemos no vazio, no vazio da nossa alma! Somos fúteis, poderia dizer , inclusive, uns infelizes tristes! Somos incapazes de aceitar que estamos errados, vivemos tudo no limite e quando julgamos que não estamos satisfeitos procuramos alvos, amigos ou desconhecidos cometendo os mais diversos crimes de alma, como lhe prefiro chamar! Capazes de traçar planos, construir e lutar por ideais incorrectos , mas que para quem vive e pensa como nós pode ser considerado o melhor do mundo! Pior que isto é que só nao o vive quem não lhe dá imporatância, pois quem ousa reinvindicar, ou está envolvido até aos cabelos ou está no auge e presume-se uma óptima pessoa!

As pessoas vivem um circo, tentando fazer das suas vidas perfeitas quando nem elas o são e gostam de se gabar do que tem e do que não tem! E por mais que eu as deteste, e procure um melhor vocabulário para as caracterizar,não posso, perderia o meu tempo e pensamento com uma espécie que deveria entrar em vias de extinção e parece multiplicar-se de dia para dia, hipocritas de aparências! Por relatos que ouço de pessoas mais velhas, toda a vida foi assim, vivem tudo no limite e sempre existiram e sempre fazem o nosso mundo diminuir intelectualmente!

Sei que esta é uma critica como tantas outras, mas se algum exemplar dessa espécie ousar duvidar de qualquer frase ou palavra, está errado, o mais provavel é que fique atónito e culpe a inveja , que para pessoas como eu tem outro significado, a pena!

7.16.2009

Espécie de Portugueses...

Grandes feitos, territórios conquistados, um país com grandes nomes, reconhecido pelos seus heróis. Tudo isto resumido agora a um país com cerca de 10 milhões de habitantes, mergulhado numa crise económica de longa data e que a cada dia perde os seus costumes brandos, tão característicos da nossa cultura.
Efectivamente, na época dos descobrimentos fomos um povo de grandes Homens, corajosos e aventureiros que enfrentaram mares, tinham sede de descortinar novas civilizações, transportavam em si o sonho de serem donos e senhores do mundo, ignoravam o medo e morriam em nome da pátria. Seres que não se conformavam com o que tinham e queriam sempre mais, sonhavam alto e construíam uma escada que os levasse ao topo da realidade, sem medo de cair. Eram Homens, com força, garra e determinação. Construíram a nossa história da qual nos orgulhamos, marcaram em todo o mundo o rosto português.
Longe vão esses tempos, hoje pouco resta dessa determinação, há muito que não conhecemos o significado de vitória. Somos actualmente uma espécie de portugueses, vivemos com a nostalgia do passado, invejamos os feitos antes conseguidos, carregamos em nosso semblante uma carga enorme de fatalismo trágico. Tudo aquilo que um dia foi nosso á custa do sangue derramado dos nossos Homens, já não nos pertence. Fomos grandes no passado e no presente conformamo-nos ao sermos apelidados como a “cauda da Europa”.
É perceptível a todos nós, num simples passeio, observarmos o rosto fechado e cabisbaixo que cada cidadão mostra ao mundo exterior. Somos conhecidos pelo nosso pessimismo que nos impede de sermos grandes. Mas tudo á nossa volta nos guia ao fosso do desespero, á desgraça. Exemplo disso é o Fado, palavras cheias de dor e saudade que trazem até nós uma nostalgia incompreensível. A alma portuguesa grita ao passado, chora a dor do presente. Nasce aqui a saudade, aquela palavra intraduzível, mas sentida por todos os povos, no entanto só o português teve necessidade de a introduzir no seu vocabulário, para demonstrar mais uma vez o seu fatalismo trágico, a vontade de voltar ao passado e o medo do futuro.
Somos uma espécie de português, sem a alma dos outros tempos, aceitamos tudo o que temos e imitamos tudo o que gostávamos que fosse nosso. Esquecemos de partir á descoberta e de sermos únicos. Vivemos embalados pela ignorância e por mostrar aquilo que não temos nem somos. Personalidades fracas, falta de diálogo inteligente, ideias retrógradas e egoísmo inadmissível fazem de nós um país de outro mundo. Contudo, tantas críticas não nos afectam e continuamos a levar uma vida de luxo que não nos pertence, durante anos vivemos no sonho que éramos ricos e toda a gente tinha de estudar e ter formação académica. Uma crise mundial afecta-nos de uma maneira drástica e directa, mas a vida luxuosa continua, nem que seja para manter aparência, hoje fazer trabalhos menos reconhecidos não é para nós, mesmo que a nossa burrice seja muita merecemos sempre um cargo de director.
Não resisto a deixar de referir, que todos nós ignoramos as nossas origens, já não há patriotismo, apenas vergonha daquilo que construímos. Salvo raras excepções como é o caso do futebol, que estranhamente faz a voz levantar-se e gritar com toda a força o nome de Portugal, que abre baús e retira de lá a nossa bandeira e a pendura na varanda, mostrando todo o nosso orgulho em Portugal. Euro-2004, campeonato europeu de futebol que durante um mês acordou Portugal e fê-lo sonhar com a vitória, essa que acabou por não chegar e arrumou definitivamente com o pouco de patriotismo que ainda existia.
Infelizmente é este o cenário do nosso país, um povo conformista que não tem meios para avançar nem se preocupa em os criar, apenas vive no sonho que são grandes. Portugal já não existe, ficou no passado dos Descobrimento, hoje apenas existe uma espécie de Portugal.

7.15.2009

São precisos limites...

Um estalo nunca é único, são como as formigas onde há uma existem sempre muitas mais.
Em pleno século XXI, com os Direitos Humanos mais divulgados do que nunca, ainda observamos constantes ataques físicos e psicológicos ao ser humano.
Violência Doméstica é um caso preocupante, que assola muitos lares de forma silenciosa durante anos a fio. Mulheres espancadas, torturadas diariamente, vítimas de insultos imperdoáveis, mulheres escravas que aguentam um sofrimento incompreensível mas que para muitas é banal num casamento.
Há anos atrás, a falta de informação, ignorância, educação e submissão infeliz das esposas em relação aos homens faziam da Violência Doméstica um acto que todas as mulheres tinham obrigação de sofrer. Elas eram objectos nas mãos dos maridos, tratadas como trapos velhos. Mas devido a uma sociedade que desvalorizava o papel da mulher, que a expulsava do mundo do trabalho e a atirava para dentro de quatros paredes onde tinham o dever de cozinhar, limpar, obedecer ao marido, ser espancada era igualado a um acto de amor.
O que antes era “normal” devido á mentalidade retrógrada do nosso país, hoje não é mais admissível. Mulheres são seres humanos que devem ser tratadas com dignidade, merecem respeito e amor. Muitos homens certamente se esquecem que durante nove meses foram criados no ventre de uma mulher. Não estou assumir qualquer tipo de opinião feminista, apenas constato um facto, como tal, refiro ainda, que actualmente existem estatísticas que demonstram claramente como homens são maltratados pelas suas esposas, e sim esses também merecem respeito como qualquer outra pessoa. O que ninguém pode negar é a diferença de força física entre um homem e uma mulher. Uma mulher mais do que frágil fisicamente torna-se frágil psicologicamente e é uma presa fácil para um homem sem escrúpulos que é dono de um porte físico mais poderoso do que uma simples mulher.
Mais assustador é saber que as mulheres toleram este tipo de comportamento. Justificam essa decisão por amarem o marido, para protegerem os filhos, para não serem descriminadas pela sociedade. É ridículo! Com certeza que os filhos não serão crianças saudáveis psicologicamente e o seu crescimento será afectado de forma drástica ao vivenciarem este cenário, não é eles verem a mãe ser espancada que os fará feliz, as crianças precisam de crescer num ambiente tranquilo onde a palavra agressão não passa disso mesmo, uma palavra.
É importante referir ainda que actualmente já existem casos de violência no namoro, no entanto, jovens desvalorizam tal atitude e continuam a relação como se tudo fosse normal. Talvez o amor seja cego mas não é insensível á dor. Não é por falta de apoios e informação que jovens se deixam subjugar às mãos de um criminoso. Há limite para tudo.
Chega a um ponto que de um cobarde, o agressor, passa haver dois, a vítima. A verdade é que as vítimas normalmente são pessoas de baixa auto-estima que se alimentam das promessas falsas de quem os agride, que acreditam que cada pedido de desculpas após um estalo é sincero, que sonham um dia virem a viver uma história de encantar num mundo que de mágico nada tem.
Quem ama não agride, quem se ama não vende seu corpo á agressão.

7.09.2009

É de loucos ...

Exames nacionais feitos, Secundário terminado, nota aparentemente suficiente para uma candidatura ao ensino superior. Cursos e mais cursos estão ao dispor de cada estudante dependendo é claro da sua média final. Mas hoje em dia e mais ainda no nosso país valerá a pena nos formarmos academicamente?
Antes de mais não posso deixar de referir que o esforço de três anos no ensino secundário é rapidamente deitado por terra após a realização dos exames nacionais. Não foi coisa rara ver alunos desesperados após verem a sua nota do exame de ingresso, uma média cultivada ano após ano, teste após teste rapidamente se reduzia a nada. É engraçado ver como um exame que abrange matéria de um ano inteiro de escolaridade consegue avaliar um aluno que trabalhou empenhadamente durante três anos.
Pior que esta humilhação, é a que vem a seguir ao fim da faculdade. Só neste próximo ano é que irei conhecer directamente o mundo académico, mas agora que terminei o secundário vejo-me já assustada com o desemprego que por aí anda. E é claro que me interrogo se realmente vale a pena ingressar neste mundo. Vamos mais uma vez estudar uns tantos anos, e depois de tanto sacrifício vamos corridos para traz de uma caixa registadora.
Interessante é ver como o Governo trabalha afincadamente em convencer os jovens a ter uma instrução cada vez mais alta quando no fim não consegue abrir portas do mundo do trabalho a estes jovens. Claro que acho que todos nós merecemos e devemos cultivar a nossa educação e o saber nunca ocupa lugar, mas diga-se que é bastante frustrante esforçamos, queimarmos pestanas e no fim trabalharmos onde nunca desejamos e recebermos o salário mínimo. Já para não falar que enquanto estudamos na faculdade os nossos pais são obrigados a pagar uma fortuna pelas exorbitantes propinas. Não fosse os pais orgulharem-se de ver um filho formado diriam que dinheiro investido na educação dos filhos é um desperdício.
Não posso deixar ainda de referir o desrespeito que as empresas empregadoras têm pelos recém-licenciados. Aproveitam-se da sua inexperiência profissional e pela sua incessante procura por um emprego para estagiarem para os obrigar a trabalhar com um salário abaixo do que é proposto na lei. Exploração? Talvez. Inoperância do Estado? Talvez
Pois bem, hoje em dia se um licenciado quer emprego, tem de ter aquilo a que se chama uma “cunha”, ou então nada feito. É triste eu sei, mas é as oportunidades que este país nos dá.
Por fim, com todo este cenário não é de admirar vermos um Ministro da Economia a fazer um gesto inapropriado no Debate do estado da Nação. Este país realmente está de loucos.

7.06.2009

O poder da Noite!


Sentada numa comum discoteca, num dia de fim semana, observando todo cenário que me rodeia, como se de um filme se tratasse e estivesse em frente a um enorme ecrã que me faz apreciar e anotar mentalmente os mais pequenos promenores!
Vou centrar-me numa mulher, já passei os olhos por ela várias vezes, o seu look chama atenção, a tipica mulher deslumbrante com os lábios molhados pelo efeito do gloss, um decote que pouco deixa a esconder do seu corpo e umas calças justas que definem todas as suas curvas!
Apercebo-me que é dona de vários piropos e o seu sorriso é cativante combinando perfeitamente com o seu cabelo negro com uma ligeira ondulação e uma maquilhagem e acessórios glamourosos!
Este tipo de mulheres pode ser denominado de “rainhas da noite”, mas serão elas as rainhas da sua vida? Todo o seu poder de sedução e atracção são levados a limites que só elas podem controlar, o que por vezes não se sucede levando a finais quase dramáticos quando se envolvem em demasia! Muitas são apenas mulheres vulgares ,profissionais, estudantes, formadas, mas que tem em comum toda a necessidade de se mostrar e sentir um poder que podem controlar! Para isso a cada saída , colocam uma máscara que cai mal os primeiros raios de sol chegam,como vampiros, vivem da noite e das horas que dominam colocando todos os homens a seus pés!
O sexo masculino , na noite, funciona como o caçador! Posso eu mesma constatar os que literalmente “babam” para a mulher que descrevi, e a desejam, é um acto um tanto ao quanto desesperado,mas do qual eles pensam ser os reis, quando não passam de vassalos daquela mulher que pode escolher a dedo quem quer , se for essa a sua necessidade! Elas vingam todas aquelas que são usadas por eles, e que eles usaram de uma forma quase inumana, sabendo que não seram uma mais se assim o desejarem, pois conhecem os perigos, são sábias!
O mundo da noite é um mundo aparte, um mundo onde tudo o que parece não é e onde não podemos ousar perder, pois é como um vicio, leva-nos a uma loucura e obsessao que se vive na ilusão! Teremos nós esta necessidade de sermos um outro personagem? Dará isso um poder que nos falta? Não consigo entender por mais que tente, limito-me a ser uma observadora que causa receio a si mesma com as conclusões que tira , não me parece que as aventuras de uma noite sejam uma boa recordação, principalmente o facto de não recordar o nome do parceiro sexual ! a noite para ser vivida, tem de ser moderada!